Música: Razões para ouvir Postmodern Jukebox

Venho apresentar-vos um canal no youtube (também podem ouvir no Spotify) que desde que me chamou à atenção nunca mais deixei de acompanhar.

Trata-se do canal Postmodern Jukebox (ou Scott Bradley Postmodern Jukebox) e é um conjunto de músicos que fazem covers de músicas mas em formatos vintage.

Pode parecer improvável ou mesmo impossível ouvir um Smells like teen spirit ao estilo orquestra anos 60, músicas da Lady Gaga estilo anos 20 ou Oasis estilo vintage de Nova Orleães. 

Mas é possível. E com grande qualidade.

Qualidade dos arranjos

Das primeiras coisas que é possível reparar nas músicas. PMJ consegue pegar numa música atual ou de há 10/20 anos e remexer, misturar, desmontar ou lá a magia que consegue fazer para obter um instrumental invejável que nos leva a dar uma pequena viagem no tempo com letras que nos são familiares e músicas que conseguimos lá no fundo ver quais são.

Deixo-vos já uma amostra do canal e da prova da qualidade do que conseguem fazer às músicas. Destaco esta versão da Nothing Else Matters por ser das que mais me surpreendeu nesse nível, talvez a que ficou mais distante do original. E para além disso pela razão que me leva ao seguinte ponto...



Excelentes (!!) cantoras 

Também tem bastantes músicas cantadas por homens, mas a maioria delas são interpretadas por elementos do sexo feminino.

A música anterior é cantada por Caroline Baran de apenas 15(!) anos. Ainda nenhuma cantora me desiludiu, parecem todas escolhidas minuciosamente de acordo com o plano para a música, encaixando por vezes com tamanha perfeição que me fazem questionar se prefiro a versão original ou a versão PMJ. 

É óbvio que recomendo que ouçam mais músicas deste canal, mas queria deixar aqui este desafio de explorarem mais aprofundadamente e tomem atenção a esse pormenor. 

A minha cantora preferida (são bastantes até, penso que é tudo composto por convidados) é a senhora/menina do próximo vídeo, naquela que para mim é, de longe, a melhor música deste canal.
Arranjo de sonho, voz incrível e um interpretação fantástica que me fizeram ouvir 10, 20 e quem sabe 30 ou mais vezes sem conseguir enjoar. Trata-se do cover da Creep dos Radiohead, e digo sem sombra de dúvidas, prefiro esta versão à original. E a versão original já é uma música daquelas.



O improviso na parte final do vídeo é qualquer coisa de incrível.

Opah, tem piada

É verdade. Pegam em músicas de que ninguém estaria à espera de ver e fazem umas versões engraçadas. Desde a Chop Suey dos System of a Down, a All About that Bass (que diga-se de passagem, não gosto muito da original), uma No Diggity que poderia passar na Smooth FM e, já agora, um rickrolling que podem aplicar aos vossos amigos.


Para acabar deixo uma das mais recentes e de uma das minhas bandas favoritas, mais uma versão excelentemente trabalhada (não estava nada à espera de algo tão calmo, é este o tipo de coisas que este canal consegue fazer que me deixam maravilhado). Fiquem bem e explorem, além disso estamos quase nos anos 20 outra vez.


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